Atresia de vias biliares

Atresia de vias biliares

O QUE É ATRESIA DE VIAS BILIARES (AVB) E SUAS COMPLICAÇÕES

A AVB se caracteriza por uma obstrução progressiva das vias biliares extrahepáticas até o seu completo desaparecimento. As vias biliares são sede de processo inflamatório que, em poucos dias obstrui totalmente as vias biliares extrahepáticas, transformando‑as em simples cordão fibroso sem luz. A bile não passa para o intestino, ocorrendo aquilo que se chama de COLESTASE, isto é, parada de excreção da bile, dando início ao quadro clinico que se conhece como obstrução biliar crônica. O fígado sofre e, progressivamente, torna‑se cirrótico: CIRROSE BILIAR . De início, a criança passa relativamente bem mas, com o tempo, o fígado sofre cada vez mais e acaba por entrar em falência das suas funções no quadro conhecido como insuficiência hepática.

CAUSA
A AVB é a causa mais freqüente de transplante hepático na criança. Representa mais de 60% dos casos operados, em todos os centros que se dedicam ao transplante infantil. Sua causa é desconhecida, embora haja referência à etiologia viral, imunológica ou a associação delas.

SINTOMAS
Geralmente a criança com esta doença nasce bem, sem icterícia (pele amarela) e, ao redor de 15 a 21 dias de vida as fezes começam a ficar descoradas, indicando que está havendo dificuldade na excreção da bile do fígado. Em pouco tempo as fezes ficam sem cor (acólicas) e a urina muito escura. O fígado fica duro em decorrência da fibrose que começa a se instalar.

DIAGNÓSTICO
No passado, o diagnóstico da AVB era difícil. Com o aumento da experiência com esta moléstia, demos um grande passo neste aspecto, pois conseguimos a confirmação diagnóstica por meio da simples biópsia hepática, com alto índice de acerto diagnóstico.

TRATAMENTO
Durante muito tempo a AVB não tinha tratamento. Em 1959, foi descrito no Japão, novo tipo de cirurgia, que alivia a obstrução biliar, pelo menos durante algum tempo. Foi uma revolução no tratamento da AVB, pois anteriormente a esta cirurgia a AVB era inexoravelmente fatal, permitindo apenas pequeno tempo de sobrevida. Esta nova cirurgia, conhecida como portoenterostomia ou (cirurgia de Kasai), embora permita drenagem da bile em grande parte dos casos tem eficácia limitada, isto é, durante determinado período de tempo. A maioria das crianças (cerca de 80% dos casos), irá necessitar de transplante de fígado em período de tempo variável de caso para caso. Atualmente, o tratamento seqüencial de portoenterostomia seguido de transplante hepático é a melhor opção terapêutica para a AVB.
Web site: http://www.asf.org/balt.html

Um comentário:

  1. Meu bebê (Matheus) nasceu com atresia. Foi submetido a cirurgia com 70 dias de vida. Hoje, aos 8 meses, seu quadro está estável. Agradeço a Deus todos os dias pela saúde dele e oro para que ele não precise do transplante. Acredito que pela data ela já deve ter transplantado. Que Deus abençoe a vida de vocês.

    ResponderExcluir